Não existem protocolos ou diretrizes atualmente com base em evidências científicas que possam garantir uma gravidez rápida. Por isso, as dicas a seguir devem ser entendidas pelo que são: recomendações gerais baseadas em amplo consenso entre os especialistas da área. No entanto, como mostram as sugestões a seguir, existem passos concretos que você pode tomar para ajudar a ter a melhor chance possível de engravidar.
# Dica 1
As mulheres devem planejar engravidar antes dos 35 anos. Alguns números ilustram o declínio da fertilidade relacionado à idade. Em mulheres entre 20-25 anos de idade, entre 40-55% terão uma gravidez espontânea. Entre 25-30, isso cai para 35-50%. Entre 35-40, a proporção é de 25-40% e para aqueles entre 40-45, é de apenas 10-20%.
# Dica 2
Existe uma teoria de que o intervalo entre as relações sexuais pode afetar a qualidade do esperma. Cinco ou mais dias sem sexo reduzem a contagem de espermatozoides, enquanto a ejaculação a cada dois dias mantém a densidade espermática normal. Isso desfaz o mito de que a ejaculação frequente pode diminuir a fertilidade masculina. Alguns estudos sugerem que casais saudáveis que fazem sexo todos os dias enquanto tentam engravidar atingem uma taxa de sucesso de 37% por ciclo menstrual. Por outro lado, a ansiedade associada ao não engravidar pode diminuir o desejo sexual, a satisfação e a frequência das relações sexuais. O consenso é que o sexo a cada um ou dois dias atinge os melhores resultados, mas isso está longe de ser um fato científico.
# Dica 3
Experimente usar a “janela de fertilidade”. Isso ocorre cerca de seis dias antes do final da ovulação. No entanto, mesmo para mulheres com ciclos regulares pode ser difícil identificar e as técnicas são incertas. Um estudo demonstrou que as taxas de gravidez eram maiores quando a relação sexual ocorria no dia de maior secreção de muco cervical, atingindo 38% de probabilidade. No entanto, isso diminui quando a relação sexual ocorre um dia antes ou depois, em 15% e 20%, respectivamente.
# Dica 4
# Dica 5
Dieta e estilo de vida. As taxas de fertilidade são mais baixas em mulheres muito magras e obesas porque a maioria delas costuma ter alguma disfunção ovulatória. Um estilo de vida saudável e peso normal podem melhorar a fertilidade nessas mulheres. Há pouquíssima evidência científica de que variações dietéticas, como dietas vegetarianas, dietas com baixo teor de gordura, suplementos vitamínicos, antioxidantes ou fitoterápicos aumentem a fertilidade. Na verdade, as dietas com baixo teor de gordura têm sido associadas à infertilidade. Outros fatores de risco incluem altos níveis de mercúrio no sangue por comer grandes quantidades de frutos do mar e peixes, fumar (é claro), álcool (é claro) e até beber muito café.
Photo Credits: Unsplash, Shutterstock
Fontes:
Elzanaty S, 2005 = Elzanaty, S., Malm, J., & Giwercman, A. (2005). Duration of sexual abstinence: epididymal and accessory sex gland secretions and their relationship to sperm
Wilcox AJ, 1995 = Wilcox, A. J., Weinberg, C. R., & Baird, D. D. (1995). Timing of Sexual Intercourse in Relation to Ovulation — Effects on the Probability of Conception, Survival of the Pregnancy, and Sex of the Baby. New England Journal of Medicine, 333(23), 1517–1521. doi:10.1056/nejm199512073332301
Stanford JB, 2003 = Stanford, J. B., Smith, K. R., & Dunson, D. B. (2003). Vulvar Mucus Observations and the Probability of Pregnancy. Obstetrics & Gynecology, 101(6), 1285–1293. doi:10.1097/00006250-200306000-00025
Kutteh WH, 1996 = W H Kutteh 1, C H Chao, J O Ritter, W Byrd. Vaginal lubricants for the infertile couple: effect on sperm activity. Int J Fertil Menopausal Stud. Jul-Aug 1996;41(4):40
Clark Am, 1998 = A M Clark, B Thornley, L Tomlinson, C Galletley, R J Norman. Weight loss in obese infertile women results in improvement in reproductive outcome for all forms of fertility treatment. Human Reproduction, Volume 13, Issue 6, Jun 1998, Pages 1502–1505, https://doi.org/10.1093/humrep/13.6.1502
Choy CM, 2002 = Choy, C. M. Y., Lam, C. W. K., Cheung, L. T. F., Briton-Jones, C. M., Cheung, L. P., & Haines, C. J. (2002). Infertility, blood mercury concentrations and dietary seafood consumption: a case-control study. BJOG: An International Journal of Obstetrics and Gynaecology, 109(10), 1121–1125. doi:10.1111/j.1471-0528.2002.02084.x